Hulk Kong X Abomizilla!
sábado, 14 de junho de 2008 by Anônimo
Foram tantas as imagens e vídeos divulgados no decorrer da produção de “O Incrível Hulk”, que pareciam não restar surpresas a serem reveladas pelo projetor do cinema. A maneira como os trailers foram montados evitou que se denunciasse o que estava por vir. Nem mesmo por meio das fotos que apareceram era possível prever o que estaria acontecendo em cada frame...
Se a expectativa pelo Capitão América deu-se em vão, pode-se dizer que quase encontramos o Capitão “Brasil” (o Capitão Nascimento, personagem reconhecido pelo público como “o herói brasileiro”) no momento em que soldados do BOPE entram em ação juntamente com os militares norte-americanos. E se acreditava-se que Tony Stark e Steve Rogers estariam presentes, agradou a surpresa de testemunhar o início da transformação do vilão Líder.
Com relação ao Hulk, o personagem propriamente dito, é possível que o diretor Loius Leterrier tenha reconhecido que o ponto forte da versão de Ang Lee era o seu carisma. Mas o Hulk de Leterrier não tem (Ainda bem!) o aspecto tão “borrachudo” que ilustrou o filme de 2003 (o Hulk de Ang Lee é tão “fofo” que seria um sucesso de vendas ao ser vendido como pelúcia no dia dos namorados).
Talvez para compensar ao aspecto bruto de seu “Golias Verde”, Leterrier tenha recorrido a algumas referências a la “A Bela e a Fera’ que funcionaram muito bem antes. E grande parte dessas referências parece estar calcada em “King Kong” particularmente na leitura poética proposta pelo filme de Peter Jackson.A fotografia do filme evidencia paralelos com os momentos românticos do “King Kong” de Jackson. A corpulência de Hulk é desequilibrada, sempre que possível, com a delicadeza de Betty Ross. Os dois têm momentos de intimidade, no refúgio selvagem para onde Hulk carrega a bela moça após fugir dos inimigos, no topo de uma montanha, onde o gigante verde mostra que também é “King”. Na beira do penhasco o destoante e apaixonado casal é visto de costas, tal como Kong e a diva vivida por Naomi Watts ao contemplar o pôr-do-Sol.

E no quesito “porrada”, O Hulk mostra-se ainda mais “King Kong”. Ele bate no peito e ruge após a vitória. Quando corre e derruba um veículo do Exército, lembra o combate entre Kong e o Tiranossauro Rex. E cá para nós: um Hulk, que sai pulando de uma parede para a outra, equilibra-se em uma ponte como se estivesse a jogar-se de cipós e ainda escala prédios da maneira mostrada em “O Incrível Hulk”, é baseado em quê? E não vale dizer que é uma homenagem ao Homem-Aranha!
Também a idéia do herói ser batizado pela imprensa não é algo muito original (apesar do Hulk receber a alcunha de um “popular” entrevistado). Cativante é ver como a proposta verossímil de Leterrier tenha se esquivado das tradicionais calças roxas do personagem dos quadrinhos com tamanha dignidade e respeito pelos fãs do herói. E para citar a famosa aparição de Stan Lee, foi interessante ver o co-criador do monstro provar um pouco do veneno verde, sentir o gostinho de ser herói e também saber que não é qualquer um que segura esse rojão chamado "responsabilidade com os poderes".
Q+? “Abomizilla”!

Vale lembrar que historicamente o grande rival para o King Kong (em crossovers) sempre foi o Godzilla. Ang Lee foi quem “inventou” a “receita gama com iguana”, na versão em que defendeu que os poderes de regeneração do herói advinham de características do réptil, acrescidas no processo de criar o Hulk. Como fica difícil confabular na tentativa de descobrir que raio de mistura fez nascer o Abominável, o BHQ+ acredita que Emil Blonsk tenha tomado o “soro estragado” do diretor coreano.





