E a ARTE imita a vida...

(Ou seria a VIDA imitando a arte, mais uma vez?)


Antes de escrever isto a idéia me parecia muito clara. Mas é muito mais complicado do que parece. Quem surgiu primeiro, o sonho ou o sonhador? A idéia ou o inventor? O ovo ou o OVNI?

Com o furor causado pela adaptação da trilogia O Senhor dos Anéis, não era raro ouvir que J. R. R. Tolkien era o verdadeiro pai da franquia Star Wars. O engenhoso império fantasiado por George Lucas tem exatamente o mesmo esqueleto do fabuloso mundo batizado por Tolkien como “a Terra Média".
A diferença entre as duas obras pode ser simbolizada por uma gigantesca ampulheta. Foi como se George Lucas projetasse as aventuras da “Terra Média” a anos-luz – quase que literalmente. Poderia dizer que Star Wars está para Os Jetsons assim como O Senhor dos Anéis está para Os Flitstones (assim como uma paródia de qualquer um dos dois estaria para Os Simpsons).

Lembremos pela enésima vez o que surgiu como slogan promocional de Superman – O Filme, de 1978:
Você vai acreditar que O HOMEM PODE voar.


Isso é, simplesmente, o que os verdadeiros fãs das histórias em quadrinhos – ícone das obras de ficção científica como um todo – querem! À primeira vista pode parecer paradoxal: mas quem ama belas estórias sonha para que um dia essas tornem-se histórias. Hoje em dia, a exemplo de produções como Batman Begins, a luta é em prol de que personagens marvailhosamente fantásticos tornem-se incrivelmente verossíveis. Todos nós queremos continuar acreditando... até o dia em que os nosso sonhos tornem-se realidade, aparecendo não só em filmes de qualidade, como também nos noticiários e no boca-a-boca.

Voltemos a George Lucas. Esse cara fez muita gente sonhar. Diferente fez Tolkien, que apenas condensou as várias mitologias de culturas ancestrais. Mas George Lucas nos mostrou um mundo inexistente. Nada se cria... e Lucas copiou bastante. Mas aquelas impávidas máquinas de combate – essas ele não surrupiou do escritor sul-africano.

Então temos que da Vinci inventou o helicóptero. Stelarc tem criado seus meios para tornar possível a invenção dos “meta-humanos”. Agora, temos Theo Jansen, a força empenhada na geração dos veículos quadrúpedes (hexápodes, octópodes, decápodes...) de George Lucas.

O engenheiro e também artista plástico - como Stelarc - holandês Theo Jansen tem criado esculturas vivas que movem-se a partir da energia eólica. Apesar de considerados protótipos, suas obras despertam imenso encanto, já que o movimento de seus conjuntos de “pernas” mostra-se bastante harmônico.

Sempre me esforcei em tentar atravessar as fronteiras do que sabemos e o que aparenta ser possível neste momento. As barreiras entre arte e engenharia existem apenas em
nossa mente.

- Jansen

Veja esses incríveis construtos movimentando-se AQUI, AQUI, AQUI e AQUI, e simulações de como é que "a coisa toda rola": AQUI e AQUI.

5 comentários:

    Se faltavam provas de que todo artísta é meio louco...

    On domingo, novembro 25, 2007 Anônimo disse...

    Até tu, Régis?!

    ;-(
    rs

    Como assim? Até eu? ;\

    On domingo, novembro 25, 2007 Anônimo disse...

    Pô!

    Veja que coisa bonita que o holandês mandou:

    que não existe uma separação formal entre a engenharia e a arte...

    Cara cético! hehehe

    Não é isso! Eu como engenheiro aprovo o trabalho e acho lindo como amante da arte. Quero dizer que só mesmo sendo artista e meio louco pra perder tempo tentando esse tipo de coisa. E o pior é que a gente acaba gostando no final! rs.

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