Nada se Cria: A Jokerização de "O Homem Que Ri"


Acima, um título demasiadamente redundante. Mas desde a publicação das primeira imagens de cenas de "O Homem que Ri" (L´Homme qui Rit, França, 2012) é inevitável comparar a maquiagem de seu personagem principal com aquela meticulosamente criada para Heath Ledger eternizar o Coringa de "O Cavaleiro das Trevas".

Para a geração que só chegou a conhecer o Palhaço do Crime a partir da aclamada encarnação do falecido ator australiano, "rasgar" as duas bochechas de um bonito ator para gerar o "sorriso" de um personagem pode soar como plágio. Mas afinal, quem veio primeiro? O ovo ou a galinha? O "Homem que Ri" ou o "Pudim" da Harley Quinn?

Baseado no romance homônimo de Victor Hugo, "O Homem que Ri" (The Man Who Laugh) teve sua primeira versão cinematográfica em 1928. O pavor causado no público pelo perene sorriso criado para castigar o personagem interpretado por Conrad Veidt tornou-se a principal marca do filme. Esse sorriso perpétuo é também a principal marca do arqui-inimigo do Batman, o Coringa, criado em 1940, e que teve a caracterização de Veidt como uma das principais influências para a criação do vilão dos quadrinhos.

A boca arreganhada do Gwynplaine de 1928 manteve-se como inspiração para o Coringa por muito tempo, verificada inclusive nas caracterizações de Cesar Romero e Jack Nicholson.




 
Com a reformulação da franquia "Batman" por Christopher Nolan (vide "jokerização"), o Coringa ganhou um visual ainda mais dramático, explicitamente reaplicado em "O Homem que Ri" francês, remake do "pai" do Coringa. Se fica difícil dizer se veio primeiro o ovo ou a galinha, certamente podemos afirmar: "Tal filho, tal pai!"

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