Crítica: Monstros Versus Alienígenas



Depois que Susan (Reese Witherspoon) é atingida por um meteorito no dia de seu casamento, se transforma numa gigante e é presa por militares. Agora sendo chamada de Ginórmica, ela conhece outros monstros: B.O.B (Seth Rogen), um ser gelatinoso; Dr. Barata (Hugh Laurie), um cientista louco; Elo Perdido (Will Arnett), uma mistura de peixe e macaco; e o Insetossauro. Quando o alienígena Gallaxhar (Rainn Wilson) invade o planeta, eles são convocados para a guerra, em troca da própria liberdade.

A promessa da Dreamworks Animation para a estreia de “Monstros Vs. Alienígenas” foi a de introduzir um novo conceito em tecnologia 3D para o cinema. E a empresa de Steven Spielberg conseguiu. O INTRU3D é capaz de ampliar bem as possibilidades do 3D, especialmente quando elimina as áreas desfocadas que aparecem nos cantos da tela no 3D convencional e que acabava por limitar os elementos tridimensionais. Embora possa parecer apenas um pequeno avanço para os leigos, significa um passo enorme no preenchimento total da área visual, permitindo perceber a tecnologia em mais detalhes. O inconveniente permanece sendo os incômodos óculos. Pequenos e desconfortáveis, eles ainda atrapalham a observação da tela já que as armações ficam no campo visual. Lentes maiores e um formato mais anatômico resolveriam esse problema.

Mas, embora seja uma bela experiência cinematográfica, “Monstros Vs. Alienígenas” não avança nos conceitos tradicionais do cinema. Ainda que tenha cenas de ação bem conduzidas e plasticamente bem concebidas durante os quatro anos de trabalho em cima do projeto, fica claro que o objetivo dos criadores de "Madagascar" e "Kung Fu Panda" ficou focado mais no que o espectador iria ver. O roteiro é simples ao extremo e acaba por cair em clichês típicos de comédias infantis. Também repete situações já comuns como a da lagarta que vira borboleta, a rejeição por ser diferente e a constatação de que para se ter um lar não é preciso estar só com os parentes, mas também com os amigos. Os adultos já viram muito disso, mas a criançada ainda precisa desse tipo de lição de vida, então veremos essa recorrência por diversas novas produções. Torna-se óbvio que o enredo não é o fator principal do longa logo nos primeiros minutos, quando somos informados que o alvo dos alienígenas é na verdade Susan, a Ginórmica.

Já a tentativa de fazer do filme uma paródia das películas dominadas por invasões e catástrofes, típicas dos anos 1950, é bem sucedida. Isso garante boa parte da diversão, especialmente pelas diversas referências a outro filmes mais "modernos", como "Contatos Imediatos do Terceiro Grau". Por isso mesmo vemos personagens desenvolvidos para serem cômicos e sem compromisso com a verossimilhança. Então, não se incomode ao ver um vilão caricato e falastrão, um presidente pouco inteligente e um general de exército louco por segredos e conspirações e ansioso por batalhas fenomenais.

Sobre o elenco original de vozes não poderemos comentar, já que a cópia em 3D é dublada. Porém, a equipe de dubladores não falha e permanece impecável nas interpretações, fazendo jus ao reconhecimento dos profissionais de Hollywood que tratam a dublagem brasileira como a melhor do mundo.

“Monstros Vs. Alienígenas” é um filme rápido e eficaz na diversão descompromissada. Umas três ou quatro risadas estão garantidas, mesmo que as piadas sejam repetitivas e um pouco velhas. É uma boa oportunidade para passar o tempo com as crianças.

Assista o trailer dublado ou legendado no site oficial. Veja algumas cenas aqui.

Nota do Crítico: Q Q Q Q Q

Nota do Fã: + + + + +

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