Preconceito é o nome do vilão

O vírus da AIDS tem o poder de criar heróis e vilões. Heróis são os portadores do vírus, que além de lidar com o enfraquecimento de seus sistemas imunológicos, têm também que enfrentar a ignorância a respeito dessa famigerada doença. E o maior inimigo das pessoas diagnosticadas como soro-positivo não é o vírus, já que este pode ser combatido com medicamentos – o que as possibilita, muitas vezes, levar uma vida normal.
Focado em combater os preconceitos e os mitos em torno da AIDS e do HIV, o roteirista e artista Robert Walker criou os “O+Men”. A revista em quadrinhos lançada neste mês teve origem nas preocupações do autor com relação à falta de informação dos adultos norte-americanos com relação ao HIV. Também incomoda o artista a displicência com a qual o governo dos EUA trata esse delicado tema. Mas o fator determinante para inspirá-lo foi a morte de seu irmão, na década de 80, vitimado pela AIDS.

Para representar a diversidade de pessoas portadoras do HIV, foram criados heróis que “não são invencíveis e que têm os seus próprios problemas – alguns deles podem morrer, mas, ainda assim, são heróis”. São eles:

Nightcry – “um gay branco”;
Burn – “uma lésbica”;
K-oss – “um negro bissexual”;
Precious – “um estereótipo de Paris Hilton”;
Goth – “um ex-viciado em drogas”;
Agony – “uma bailarina negra”;
Eros – “um modelo fotográfico”;
Slumber – “um dominicano”;
Memory – “uma punk asiática”.


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